MULHERES ESTRESSADAS
A mulher conseguiu. Hoje, toma conta de casa, trabalha fora, tem seu próprio dinheiro, e muitas vezes cria os filhos sozinhas. Faz tantas coisas ao mesmo tempo que, praticamente não há uma linha divisória entre uma atividade e outra. Ou, em boa parte dos casos, mesmo contando com a ajuda do companheiro, assume a maioria das demandas do lar. Apesar de vitoriosa, ela paga um alto preço por isso. Estressa-se mais, cansa mais, se culpa mais e ainda é mal compreendida pelo universo masculino.
Outro ponto que tem contribuído para o aumento das preocupações é, sem dúvida, a vida financeira feminina. Prova disto é a recente pesquisa divulgada em vários jornais que apontam que as mulheres se estressam mais com finanças do que os homens. Cerca de 30% das mulheres apresentam níveis elevados de ansiedade em relação às suas finanças, em comparação a 17% dos homens.
De acordo com a Appana Mind, empresa focada no desenvolvimento humano e psicofisiologia aplicada, a vida é repleta de compromissos, metas e cobranças; e permanecer em constante estado de tensão é bastante prejudicial para o sistema imunológico. Hoje o estresse faz parte da rotina de muitas mulheres, o que pode ser prejudicial é como as mulheres lidam com o estresse. Se ela transforma a situação em um transtorno isso é altamente prejudicial, agora se desenvolve uma percepção de desafio diante do estresse, possivelmente os resultados serão de qualidade.
Segundo uma pesquisa feita pelo instituto Gallup (instituto de pesquisa de opinião) as mulheres são mais preocupadas do que homens a respeito de uma série de questões sociais. Eis uma explicação científica: a amígdala do cérebro processa emoções como medo e ansiedade. Nos homens, a amígdala se comunica com órgãos que recebem e processam informações visuais, como o córtex visual. Porém, nas mulheres, ela se comunica com partes do cérebro que regulam hormônios e digestão. Isso pode significar que as respostas ao estresse podem causar mais sintomas físicos em mulheres do que em homens. Esta pesquisa foi feita pela Live Science. Mas isso também não é tudo. Como se já não bastasse, a mulher produz mais hormônios de estresse do que o homem. Uma vez que uma situação estressante acaba, o corpo da mulher também leva mais tempo para parar de produzir o hormônio. Essa pode ser a causa para a tendência das mulheres de repensar nas preocupações e em situações estressantes.
Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Nielsen, as mulheres brasileiras ocupam o 4º lugar no ranking das mais estressadas. Entre as campeãs, 87% das indianas disseram se sentir estressadas a maior parte do tempo, e 82% alegaram não ter tempo nenhum para descansar e relaxar. O mesmo sentimento foi relatado por 74% das mexicanas, 69% das russas e 67% das brasileiras.
Olhar esta questão do ponto de vista bíblico é algo bem amplo, mas quero citar parte de 1Pe 3:7 “Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento; e, tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil”. Deus fez a mulher como um ser belo e meigo, bem diferente do homem. Entenda por “parte mais frágil” como sendo mais sensível. É importante que os homens entendam isso, mas parece-me que o grande problema hoje é que as mulheres não entendem ou não admitem isso. A busca pela igualdade feminina se tornou a busca pela superação do universo masculino. Contudo, esse comportamento social tem gerado vários problemas, vou citar apenas 3, a saber: 1º) as mulheres estão adoecendo fisicamente e emocionalmente; 2º) os homens estão ficando preguiçosos; 3º) quem tem reclamado de falta de carinho não são mais as mulheres e sim os homens, porque as esposas estão muito cansadas e estressadas!
Que Deus tenha misericórdia.
Pr. Vagner P. Santos